A culpa é do governo, dizemos nós quando não simpatizamos com o poder de turno. Por esta ordem de ideias, metade da população tem sempre razão enquanto os restantes estão errados e vice-versa.
Há dois anos assisti a uma cena as portas das urgências do hospital de Aveiro que mais parecia um filme de woddy allen dos anos 80, uma autentica comedia do ridículo, protagonizado entre seguranças, povo que aguardava respostas dos seus familiares internados nas urgências e um casal de alcoólicos onde ela tinha os cinco litros razoavelmente bem aferidos, dizendo a todo pulmão: AFINAL PARA QUE QUEREMOS NÓS O CA...LHO DO HOSPITAL, É PARA OLHAR PARA ELE?
Não vou descrever a situação porque ninguém teria paciência para a ler, mas a moral daquela história foi e, é, ainda hoje, que quando acompanhamos alguém que passa daquelas portas para dentro é como se entrasse numa dimensão desconhecida, deixando-nos do lado de cá num estado de nervos incontrolável, pois nem entra-mos nem somos informados de nada durante horas a fio. Ora as classes médicas e administrativas parecem não entender isso, ou sim, eles entendem e sabem-no, e usam-nos como marionetas, para os seus fins de classe, porque são eles que mandam com ordens e influencia, e o engraçado é que, quando eles e outros que tais da sua classe socioprofissional nos pedem compreensão para os seus problemas, que afinal, se resolvidos são para o bem de todos, esperam que os entenda-mos e eles com todo o seu poder e o de outros que tais, ficam convencidos de que nós não os mandamos para o ca...lho e que não desfiamos toda a sua arvore genealógica desde a bisavó até a mais recente antecessora. O problema do sistema nacional de saúde é político e de poder dos médicos, e entretanto morre-se nos corredores dos hospitais do nosso pais, morre-se e é-se descoberto por familiares corajosos que qual agente 007 entram para defender o seu ser querido do mal que lá dentro espreita em cada corredor e cada maca abandonada ao deus dará. Aquela mulher deserdada da fortuna tinha razão, afinal para que serve o HOSPITAL?
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