DOMINGO DE PÁSCOA

Momento alto no mundo católico: morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Por razões de trabalho, assisti no sábado, pela segunda vez na minha vida à missa de aleluia, julgo ser esse o nome. Antes de escrever sobre sábado, vou referir a missa a que assisti há 40 anos aproximadamente nesta data.

Igreja cheia, altares cobertos com mantos de luto, cerimonias que já não lembro mas seriam iguais as de sábado, e, não sei em que momento, as luzes foram apagadas e os panos que tapavam os altares, se é que posso dize-lo em plural, caem com grande estrondo na escuridão total; acendem as luzes da igreja e saem pombas a esvoaçar pela igreja fora e o coro desata a cantar. Bem, em 1967 quando as aldeias eram autenticas piolheiras, sem ofensa, isto era um grande espectáculo. Hoje já não se prendem os públicos com estas encenações, mas com outras formas que comenta-las pode ser mal entendido e como tal não o faço. Desde aquela altura que nunca mais assisti a cerimónias destas e, por imposição maternal, só o fiz até aos 16 anos de idade.

Sábado

Este post está a ser terminado na segunda feira e tudo o que sucedeu de lá até hoje deixa-me sem grande vontade de concluir, mas termino o meu raciocínio.

Olho para as igrejas com total desconfiança; acho que elas são muito mais a base da recolha de dinheiro que alimenta grandes centros de poder e negócios que fé ou comunhão com o divino. É assim desde os Egípcios e os Judeus aprenderam com eles; de certo que lhes roubaram os segredos da coisa, e o Faraó mandou os seus exércitos atrás deles até ao mar vermelho e depois é aquela história que conhecemos. Mas, dizia, que a verdade das religiões é o dinheiro e o poder, e, as novas igrejas cristãs, desde Lutero, que o sabem muito bem e seguem essa linha com grande êxito. Deus e a vida eterna, céu e inferno são uma doutrina comum a todas as manifestações religiosas, desde as mais primitivas dos nossos tempos até as mais sofisticadas.

De Cristo, não tenho duvidas que tenha existido, mas não nestes moldes, também não acho muito credível um que andou por ai no cinema, é outra forma de poder. Homens que procuraram a verdade que outros escondem para seu beneplácito, isso são como felga; os que buscam a verdade são mais raros. Exemplos próximos de nós; vasta olhar para o inicio de século xx que foi há dois dias e temos o Gandhi, qual Cristo. Chego mesmo a pensar que existe um Deus qualquer que faz homens e mulheres deste calibre.

Ao fim de quase três horas de cerimónia sai de lá com um enorme vazio, mas isso fui eu.

1 comentários:

betânia liberato disse...

Digamos que tenho uma grande sorte por ter uns pais nao crentes e que me deram sempre a opçao de escolha.

Apesar disso.. nao sou crente nem descrente. Acredito sem duvida em algo,e tenho a minha fé. Mas tenho sempre um pavor enorme a estas religioes. Há sempre demasiado dentro delas.

Contudo.. ainda gosto da Pascoa,nem que seja pelos docinhos,e por conviver com a familia (que sao aqueles poucos momentos em que os abraços e palavras nunca sao demais.

Apesar da minha descrença nas religioes,sempre tive o bichinho da curiosidade e do querer saber mais e mais.. e daí ter tido sempre por costume ler aquelas biblias para crianças e ver os filmes de Pascoa,para perceber o que aqui e ali se passava. Assim fui percebendo o contexto.

Acredito,sim,em muita coisa que li,que vi... mas a voz do povo.. ja se sabe do seu poder.

Fica-me sempre a duvida e a incerteza.

Contudo.. adorei o Jesus Cristo Super-star!! :D